domingo, 14 de setembro de 2008

Delírio e MORCELA na rivalidade Ca-Ju

Como podemos perceber, o uso do carisma animal no futebol data de tempos imemoriais. Atentem para o SEMBLANTE agoniado do pobre suíno, vitimado pela rivalidade, em pleno Gramado do Alfredo Jaconi. Envergando o manto juventudista, ele obviamente encontra-se encalacrado numa redoma de emoções.

Este clássico aconteceu em 13 de março de 1977. Para quem não sabe, é pertinente informar que nos anos 70 Caxias e Juventude chegaram a se fundir e criar a Associação Caxias, ficando todos juntos reunidos numa pessoa só. Mas o casório não teve sucesso e logo as agremiações se separaram. O Caxias, que era Flamengo, passou a adotar o nome até hoje utilizado. Pois este era o primeiro clássico após a malograda união. Seriam duas partidas amistosas, a primeira no Jaconi e a segunda no Centenário, três dias después.

Pois bem. Neste dia a TOSCA (Torcida Organizada Ser Caxias), da qual fazia parte GERMANO RIGOTTO, levou à cancha rival um PORQUITO, escondido dentro de um instrumento de PERCUSSÃO e devidamente fardado de verde e branco. Logo após o início do jogo, o animal, doravante chamado de PRESUNTINHO, foi solto no gramado. Apavorado, largou-se a mil pelo campo. Jogadores, policiais - TODA A SERRA, enfim - saíram a caçá-lo. No entanto, foram ludibriados pela ligeireza do suíno e conseguiram apenas arrancar gritos de “olé” da torcida grená, enquanto os juventudistas mordiam-se de raiva.

Instantes depois, delírio geral dos visitantes. Cansado dos holofotes e sentindo a panturrilha, o nobre porco resolve abandonar a cancha, fugindo da reportagem. E entra justamente no vestiário do JUVENTUDE, deixando claro seu vínculo ao clube esmeraldino. Sentindo o desfalque de seu principal articulador, o Juventude perdeu por 1 a 0. O episódio repercutiu no país inteiro como o CA-JU DO PORCO.

Mas engana-se quem acha que a orgia de provocações acabava por aí. Outra malandragem da TOSCA era atirar uma melancia no campo e estender uma faixa que dizia “Todo Papo é verde por fora e grená por dentro”, obviamente uma referência à fusão que iniciara em 1971 e cinco anos depois foi desfeita por iniciativa do Juventude.

A Papada estava engasgada (ui) com tão acintosas travessuras e tentou a VENDETA no segundo embate, como nos informa a edição de Zero Hora de 30 de agosto de 2006. No entanto, a TOSCA acabou interceptando o carregamento da desforra. Tratava-se de um GALO com o uniforme do Juventude e dez GALINHAS com a camisa grená. Os juventudistas ficaram sem a doce vingança.

Um dos que achou a galinácea carga foi RIGOTTO, um dos idealizadores da TOSCA, que naquele momento, além de autuar galinhas, cuidava da organização, da confecção de faixas e da arrecadação de fundos. Praticamente um TRAINEE para depois governar o Estado.

Copiado descaradamente do Impedimento.
Tá... da minha contribuição para eles.

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