quarta-feira, 4 de abril de 2007

Guitarrista diz que cheirou as cinzas do pai com cocaína

Guitarrista diz que cheirou as cinzas do pai com cocaína

O guitarrista Keith Richards, 63 anos, da banda Rolling Stones, disse em entrevista ao semanário NME nesta terça-feira que misturou parte das cinzas de seu pai, morto em 2002, com cocaína. "A coisa mais estranha que eu já cheirei? Meu pai. Cheirei meu pai", disse o músico.

Richards disse que o fato aconteceu em um dos períodos em que estava enfrentando uma das piores fases do vício. "Ele foi cremado e eu não resisti ao ver o pó. Meu pai não teria ligado. Eu fiquei muito bem, e estou vivo".

O guitarrista diz que o fato de ainda estar vivo depois de tantos "excessos" na carreira é pura sorte. "Durante dez anos eu liderei a lista de 'Celebridades que vão morrer'. Sinto muito, mas frustrei eles", disse Richards, que não se considera um "imortal do rock". "Sou igual a todo mundo, só que com um pouco mais de sorte".

Keith Richards é um Mestre. É um modelo, tanto na música (faça como ele), como na vida(não faça como ele, em hipótese nenhuma). Não duvido nada do homem que se quebrou caindo de um coqueiro e fez um tratamento para trocar o sangue.

Sem Nada Mais a Declarar.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Nunca Diga Que Desta Água Nunca Beberei

"Nunca Diga Que Desta Água Nunca Beberei". Foi umas das frases que mais ouvi de meu pai e que hoje é o assunto do meu post.

Sempre gostei de ouvir rádio. Me criei ouvindo a finada rádio Stúdio FM(93.5) daqui de Caxias. Ali pelo ano 2000, com sérias dificuldades financeiras, a rádio foi comprada pela rádio Pop Rock, ligada à Ulbra. Por curiosidade, passei à ser ouvinte da rádio. Nela, descobri um programa chamado Cafezinho, que ia ao ar diariamente, no horário das 13:00 as 14:00, que por alguns períodos começou a ter reprise durante a noite. Dificilmente perdia o programa. Quando apontava 13 horas no relógio, corria para a frente do meu rádio sintonizar a rádio. Fazia isso diariamente, enquanto não comecei a trabalhar, quando comecei a ter que me contentar com reprises. A mesa do programa sempre foi composta por Alexandre Fetter (que eu lembrava da época da Atlântida), âncora do finado Programa X, Maurício Amaral, produtor, Arthur de Faria, Carlos Couto, Cagê e Mauro Borba (gerente da rádio). A fórmula era simples, porém eficaz: por uma hora, eles ficavam conversando: sobre a vida, sobre música, sobre mulher, sobre o jogo, enfim.. sobre qualquer coisa. De vez enquanto alguém lia uma piada, algum ouvinte entrava ao vivo, convidados. Não tinha uma fórmula bem definida.

Certa vez, fui junto com um amigo meu, o Cauê ver o programa que ia ser feito ao vivo aqui em Caxias. Quase não almocei e fomos para lá. Que alegria, conhecer todos aquelas pessoas que eram meus companheiros diários. Comprei o livro do Mauro Borba, o Prezados Ouvintes (muito bom, recomendo à todos), e peguei autógrafo de todos os seus integrantes.

Como o programa não tinha um formato fixo, muitas vezes aconteciam momentos inusitados. Não foram poucas as vezes em que os integrantes do programa falaram sobre a concorrência, algumas vezes bem, a maioria nem tão bem. O alvo prediledo das críticas era a poderosa Atlântida, que, egocentricamente, se auto-intivulava "A Rádio". Alexandre Fetter e Cagê sempre foram os maiores críticos da Atlântida. Sobre a sua programação, seu staff, seu poderio econômico, por estar ligado a um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, o Grupo RBS, que possui dezenas de televisões, rádios e jornais afiliados à ele.

Tudo transcorria na maior tranquilidade. No último sábado, cheguei em casa, almocei e deitei na cama, para descansar ouvindo algum reprise do Cafezinho. Quando sinto a falta de Alexandre Fetter, Cagê e Maurício Amaral, e outras pessoas estavam substituindo eles.

Encafifado, fui direto a fonte de todos os conhecimentos, o Google e fui atrás. De repente, me vem a seguinte notícia:

Alexandre Fetter está de volta na Atlântida
A Atlândida 94,1 FM contratou três integrantes do programa Cafezinho, da Pop Rock 107,1 FM, que tem média de 40 mil ouvintes por dia. Alexandre Fetter está voltando para a emissora da RBS, onde atuou na década de 1990 e também deverá assumir como gestor da Itapema 102,3 FM. Junto com ele, vão para a Atlândida os apresentadores Cagê e Maurício Amaral. Eles deverão apresentar um programa no mesmo estilo do que encabeçavam na rádio da Ulbra, além de atuar em horários próprios.


No momento, me cairam os butiás do bolso. Justo eles, que sempre falaram mal da "Poderosa". Fui atrás mais sobre a história. Descobri que Fetter irá ser uma espécie de gerente da Atlântida e da Itapema FM. Além disto, eles irão ter um programa, chamado Pretinho Básico, no mesmo horário do programa Cafezinho na Pop Rock. Ou seja, além de se contradizerem, irão fazer concorrência aos seus ex-colegas. Numa hora dessas, nada melhor do que procurar a opinião à quem o assunto mais afetaria: os fãs do programa. A relação dos ouvintes com o Cafezinho transcende a relação normal de ouvinte-rádio. Alguns chegam à relação doentia de amor e paixão pelo programa. Nas comunidades no Orkut, era óbvio, todo mundo tinha odiado a saída do trio da rádio. Ainda mais indignados, em razão da contradição a que os três haviam caído. Muito mais indignado pelo fato da irem fazer concorrência aos ex-colegas. O pior: eles conseguiram, ainda por cima, deixarem descontenes os ouvintes do programa que eles iriam substituir na Atlântida, o Bola nas Costas.

Muitos reclamaram que eles não avisaram nada, simplesmente "sumiram". Os que ouviram, garantem que no último programa do Cagê, ele se despediu dos ouvintes no final do programa com um "A gente se pecha numa esquina da vida". Confesso, ontém ouvi o programa deles na Atlântida, por curiosidade. Eles explicaram (bem mal explicado, na minha opinião) o porque do silêncio, que seria anti-ético eles anunciarem que estavam deixando a antiga rádio, blablabla.

Só o tempo vai dizer se a PopRock vai se recompor de perder o seu trio de apresentadores, e se eles irão fazer sucesso na nova rádio.

Abraços à todos.

Ps: Recomposto de uma gripe, agora ninguém me seguda.